quarta-feira, 14 de março de 2007

ISTO NÃO É FICÇÃO

33 dias da morte de João Hélio, uma semana da morte da menina Alana,Oito policiais executados em cinco dias, 14 pessoas atingidas por balas “perdidas” em uma semana, sendo que 4 delas morreram e 2 estão internadas em estado grave. Este é o saldo dos últimos 40 dias na cidade do Rio de Janeiro.

As perguntas são:

Até quando vamos agüentar?

Quem garante a segurança de quem?

Por que chegamos a esse estado de coisas?

De quem é a culpa dessa situação?

O que fazer para sairmos deste imbróglio em que nos enfiamos?

Sinceramente não sei até quando e nem se vamos suportar, por que o quadro infelizmente aponta para uma piora, como um doente sem acesso ao medicamento que pode senão curá-lo, pelo menos evitar que seu estado de saúde se agrave.

Neste exato momento nenhuma autoridade constituída, garante nossa segurança, quem acha o contrário só pode estar querendo sustentar um otimismo irresponsável.

Por que possuímos um estado cobrador, que somente espolia, tunga, pilha o contribuinte e não oferece nem o básico , como escola, saúde , emprego , segurança.

A culpa deste estado de calamidade que estamos vivendo, é de todos nós que , não reclamamos quando somos maltratados em uma repartição pública, por alguém que é um “servidor público”,de todos nós que, votamos e não cobramos o cumprimento daquilo que nos foi prometido em campanha, de todos nós que ainda não enfiamos em nossas cabeças que nenhum serviço público é gratuito, todos eles são pagos e são caros, e são ainda mais caros por que em sua maioria, não funcionam.

Ou nos unimos em um esforço de guerra, afinal acredito que ninguém duvide que estamos em uma, ou cada vez afundaremos mais.

Do jeito que vai, continuaremos chorando Joões e Alanas, odiando bandidos que até bem pouco tempo eram só crianças como suas vítimas, e não adianta simplesmente linchá-los em praça pública, o sistema produzirá outros, 5 minutos depois, sim por que o sistema é eficaz na produção de fascínoras, os fabrica em escala industrial, numa velocidade espantosa quase inacreditável, e eles são a tropa de choque da miséria, capazes de crimes brutais, são cruéis, desprovidos de qualquer sentimento de amor ao próximo, sem o menor pudor de matar ou torturar e pior, sem medo de morrer. Quem são os autores da proeza? É só olhar para cima para descobrir. A evolução da espécie continua e tenho a impressão de que nós de dentro de nossos carros e casas, com nossos sonhos de consumo e nosso desprezo pela desgraça do outro, é que estamos prestes a ser extintos.

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